paulafulini

Friday, May 01, 2009

30 mistérios - Os Maias e a Astronomia


Enquanto estiveram no auge, entre os anos 200 e 900, os mais, que habitaram a América Central, foram uma das civilizações mais cabeças do planeta. Seus conhecimentos matemáticos e de astronomia estavam não apenas à frente de todos os outros povos vizinhos, mas também dos chineses e dos europeus. Eles eram craques da matemática e foram os únicos, em todas as Américas pré-descobrimento, que desenvolveram um sistema completo de escrita. No ano 325, eles já dominavam o conceito de zero, coisa que os europeus só descobriram e começaram a usar cerca de 700 anos depois. Eles também eram excelentes observadores do céu. Em várias cidades maias, como Palenque, Sayil e Chichén Itzá, os centros astronômicos ocupavam áreas centrais. O Caracol (observatório de Chichén Itzá, no México), foi construído por volta do ano 1050 (600 anos antes de Galileu) e tinha 22,5 metros de altura e era dedicado ao deus da chuva, Chaac.

Cruzando a matemática com a observação, os maias conseguiram conhecer, com uma precisão espantosa, a duração dos ciclos lunar, solar e do planeta Vênus. Eles calcularam que Vênus passa pela Terra a cada 583,935 dias - algo espantosamente próximo do número considerado correto hoje, que fica entre 583,920 e 583,940. Também definiram que o ciclo lunar dura 29,53086 dias (atualmente os astrônomos falam em 29,54059). Os maias registraram que o Sol completa seu ciclo em 365,2420 dias, enquanto na atualidade esse número está definido em 365,2422. Com base nesses conhecimentos, eles criaram um conjunto de calendários complexos e interligados que, juntos, formavam um dos sistemas de contagem do tempo mais precisos da sua época.

Mas como foi possível os maias estarem certos? Que eles avançassem tanto sem usar nenhum tipo de lente? Entre os europeus, a astronomia só começou a avançar mais rápido lá pelo século 17, quando Galileu Galilei se apropriou da invenção do telescópio, registrada pelo fabricantes de lentes holandês Hans Lippershey, para olhar para o espaço. É difícil saber como os mais chegaram a essas conclusões porque, enquanto Galileu localizava manchas no Sol e identificava o planeta Júpiter, os espanhóis se empenhavam em destruir a civilização maia. Como os maias não tinham um reino unificado, foi um processo lento, em que cada cidade-Estado caiu sozinha. A última, Tayasal, foi derrotada em 1697. Todas elas foram saqueadas e tiveram bibliotecas e templos queimados. As pesquisas dessa civilização não foi conhecida em detalhes, porque os espanhóis destruíram tudo o que encontraram pela frente. Sabe-se que o que sobrou é apenas um resíduo do conhecimento que eles tinham construído. Poucos documentos sobraram.

O mais importante deles é o Código Dresden, um manuscrito que reúne praticamente tudo o que sabemos sobre os conhecimentos matemáticos e astronômicos deles. Nesse texto de 39 folhas, escritas dos 2 lados, encontram-se não só a descrição de rituais religiosos, mas também os cálculos para a previsão de eclipses e as conclusões a respeito do ciclo de Vênus - que funcionava como uma referência para as datas das colheitas e para a escolha da época mais favorável para guerrear.

2 Comments:

Blogger Edson Marques said...

Paula,

Agradeço por você ter publicado meu poema MUDE, em janeiro 2009.


Mude,
Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.

Pena que você ESQUECEU de citat citou o autor... rs!


Livro MUDE publicado pela Pandabooks, com prefácio de Antonio Abujamra.





Detalhes no blog www.Mude.blogspot.com



Abraços, flores, estrelas..

Edson.

5:07 PM  
Blogger Flavia Melissa said...

Paula, parabéns pelo Blog!
Muuuuuito interessnte mesmo!

5:18 AM  

Post a Comment

<< Home